10 - Martin Jørgensen: Aos 38 anos, o meia ainda está em atividade, jogando atualmente pelo Aarhus (Dinamarca). É o único jogador dinamarquês que esteve presente em três mundiais (1998/2002/2010), além de também ter participado de duas Eurocopas. Disputou 102 patidas por sua seleção, marcando doze gols. Participou das equipes de base sub-16, sub-17, sub-19 e sub-21 da Dinamarca. Iniciou sua carreira no Midtdjurs, clube de sua cidade natal. Ainda nas categorias de base, chamou a atenção do Aarhus, que contratou-o. Brilhou por três anos no clube, vencendo a Copa Dinamarquesa em 1996. As boas atuações no clube e na seleção nacional, fizeram com que a Udinese trouxesse o meia para seu elenco, que já tinha o lateral dinamarquês Helveg. Atuou na equipe de Údine por sete anos, tornando-se um ídolo da torcida por ser um jogador muito regular e efetivo. Marcou 30 gols durante seu periodo no clube. Após os sete anos na Udinese, mudou-se para Florença em 2004, acertando com a Fiorentina. Fez quatro grandes primeiros anos pela Viola, marcando gols e dando muitas assistências. Servia como uma espécie de "coringa", jogando como volante, meia e até lateral direito as vezes. Em 2008, Jorgensen começou a sofrer com seguidas lesões, afastando o dinamarquês dos gramados muitos momentos. No ano de 2010, despediu-se do futebol italiano para voltar ao seu clube de coração, onde está atualmente.
9 - Jon Dahl Tomasson: Logo aos cinco anos de idade, Tomasson começou a jogar pelas categorias mirins do Solrød BK. Aos nove, partiu para o Køge BK. Desde o início, mostrou-se um grande finalizador, sendo artilheiro nos torneios infantis. Nunca chegou a jogar profissionlmente pelo clube dinamarquês, migrando para a Holanda quando estava com dezoito anos. Jogando pelo Heerenveen, o atacante balançou as redes 37 vezes em três temporadas pelo clube, recebendo o prêmio de promessa da Eredivisie em 1996. As boas atuações chamaram a atenção do Newcastle, que levou o dinamarquês para jogar na Premier League em 1997. A mudança de campeonato não fez bem ao goleador, que não conseguiu passar de uma "opção no banco de reservas", marcando apenas três gols em 23 aparições. Na temporada seguinte, resolveu voltar à Eredivisie, acertando com o Feyenoord. Na companhia de Júlio Cruz, Dudek e Paauwe, levantou a taça de campeão holandês, já na sua chegada ao clube. No ano seguinte, venceu a Supercopa da Holanda e dois anos mais tarde foi campeão da Copa da UEFA. Após quatro grandes temporadas vestindo a camisa do time de Roterdã, acertou com o Milan. Em Milão, nunca foi um titular absoluto, mas participou intensamente nos cinco títulos conquistados ao lado de Kaká, Shevchenko e Inzaghi, marcando gols importantes e dando assistências aos craques. Após vencer praticamente tudo em sua carreira jogando na Itália, enfrentou uma série de lesões e rodou por clubes como Stuttgart e Villarreal. Por fim, encerrou sua carreira de atleta em 2011, fazendo uma boa temporada pelo Feyenoord. Atuou em 112 partidas pela seleção principal, marcando 52 gols e obtendo a marca pessoal de maior artilheiro da história da Seleção Dinamarquesa, ao lado de Poul Nielsen.
8 - Flemming Povlsen: Iniciou no Aarhus em 1984, vencendo o prêmio de revelação dinamarquesa logo na primeira temporada. Dois anos depois, foi contratado pelo Castilla FC, da Espanha, time que hoje é o Real Madrid B. Ficou uma temporada no clube espanhol, e logo em seguida se mudou para o Colônia. Na Alemanha, Povlsen brilhou com a equipe que foi duas vezes seguidas vice-campeã da Bundesliga. Em 1989, após sofrer com muitas lesões, acertou sua transferência para o PSV Eindhoven. Apesar de jogar apenas um ano, fez uma grande temporada, marcando dez gols, vencendo a Copa da Holanda e ficando em segundo lugar na Eredivisie. Na temporada seguinte, resolveu voltar para a Alemanha, desta vez para jogar no Borussia Dortmund. Viveu momentos incríveis pelo time de Dortmund, tornando-se um dos maiores ídolos do clube, vencendo a Bundesliga 1994/1995 e também a Copa da UEFA 1992/1993. Durante cinco anos, marcou vinte gols em 116 jogos. Flemming foi um atacante de velocidade, que caracterizou-se por mais dar assistência do que marcar gols. Em 1993, lesionou os ligamentos do joelho esquerdo. Após longo tempo de recuperação, volto bem, porém não teve "sossego" e desta vez adquiriu um problema nos ligamentos do joelho direito. Com a lesões, foi forçado a parar sua carreira de atleta. Pela seleção, marcou 21 gols em 62 partidas, mas marcou mesmo sua passagem com o título da Eurocopa em 1992. Atualmente é o técnico do Aarhus.
7 - Brian Laudrup: Irmão mais novo de Michael Laudrup, Brian não brilhou tanto como seu irmão, mas com certeza foi um excelente jogador. Esteve presente na conquista da Eurocopa de 1992, foi premiado por quatro vezes como "melhor jogador dinamarquês da temporada" e está na lista do FIFA 100. Iniciou no Brondby, clube onde seu irmão já havia sido ídolo. Fez três boas temporadas, ganhando inclusive a chance de jogar pela seleção nacional. Pouco antes de 1990, transferiu-se para o Bayern Uerdingen, pequena equipe alemã que disputava a Bundesliga. Apesar da campanha ruim de seu time, destacou-se individualmente. Na temporada seguinte, rumou ao poderoso Bayern de Munique, onde se sagrou campeão alemão e ainda foi eleito o melhor atacante da competição. Porém, nem tudo foi bom para Brian em Munique. Em 1991, lesionou os ligamentos de seu joelho direito, comprometendo sua carreira. Contudo, o craque recuperou-se a tempo de disputar a Eurocopa e ser campeão. Em seguida, aventurou-se pela Itália, jogando por Fiorentina e Milan. Foi reserva nas duas equipes, e sem sucesso, decidiu jogar no Rangers da Escócia. Foi no país britânico, que Brian viveu sua melhor fase, marcando muitos gols, vencendo três vezes a liga nacional e sendo considerado por duas vezes o melhor jogador do campeonato. Paul Gascoigne fez grande dupla com o dinamarquês. Após fazer uma boa Copa em 1998, saiu da Escócia para a Inglaterra, acertando com o Chelsea (que na época não era tão rico). No clube inglês, sofreu com inúmeras lesões, disputando apenas sete partidas. Em seguida, teve uma curta passagem pelo dinamarquês Copenhague. Por fim, foi contratado como substituto de seu irmão pelo Ajax. Vinha fazendo grandes partidas na Holanda, mas as lesões voltaram a incomodar o jogador, que decidiu se aposentar com apenas 31 anos. Atuou nas Seleções Dinamarquesas sub-17, sub-19 e sub-21, além de ter jogado 82 vezes pela seleção principal.
6 - Søren Lerby: Foi um meia campista canhoto, estremamente habilidoso e comprometido com suas equipes. Em virtude disso, chegou a jogar no mesmo dia um jogo pela Seleção Dinamarquesa, durante a tarde, e a noite atuou pelo Bayern, seu clube na época. Seu pai, Kaj Lerby, também foi jogador, porém não teve tanto sucesso quanto seu filho na profissão. Soren, iniciou sua carreira no clube Fremad Amager, da Dinamarca, em 1975. Apenas treze partidas, com três gols marcados, foram suficientes para fazer com que o Ajax contratasse o meia. Pelo clube holandês, Lerby fez história, tornando-se um grande ídolo de sua geração. Participou de cinco títulos da Eredivisie em sete anos de clube, atuando 206 vezes e marcando 66 gols. Em 1983, mudou-se para Munique, sendo contratado pelo Bayern para substituir Paul Breitner. Nas três temporadas que esteve em atividade pelo clube bávaro, foi campeão por dois anos seguidos da Bundesliga. Seu próximo destino foi o francês Monaco, onde Lerby não viveu grandes momentos e ficou apenas uma temporada. Para finalizar sua brilhante carreira, decidiu voltar para a Holanda, mas desta vez atuando pelo PSV Eindhoven. Participou de três edições da Eredivisie, sendo campeão em duas. Mas sua maior glória foi em 1988, quando levou o clube holandês ao seu único título da UEFA Champions League. Disputou duas Eurocopas e uma Copa do Mundo pela Seleção Dinamarquesa, atuando 67 vezes e marcando dez gols.
5 - Jesper Grønkjær: Costumava jogar como ala esquerdo, usando sua velocidade, bons cruzamentos, dribles e chutes com as duas pernas. É o único jogador nascido na Groelândia a disputar uma Copa do Mundo. Apesar de não ter tanto sucesso em sua seleção, disputou as Copas de 2002 e 2010, atuando por 80 partidas e marcando cinco gols em toda sua história pela Dinamarca. Iniciou sua carreira no Thisted, clube da cidade dinamarquesa onde foi criado. Destacando-se por sua incrível velocidade, foi contratado pelo Aalborg. Apesar de não conquistar títulos, chamou a atenção individualmente nos três anos que passou no clube, sendo contratado em 1998 pelo Ajax por £3.5 milhões. Assim como grande parte dos dinamarqueses, Gronkjaer teve grande sucesso no time holandês, nomeado jogador do ano já em sua primeira temporada e conquistando a Copa da Holanda. Após sua última temporada no clube holandês, em outubro de 2000, acertou com o Chelsea, que pagou ao Ajax mais do que o dobro do valor que os holandeses pagaram ao Aalborg. Demorou quatro meses para fazer sua estreia no clube londrino, pois estava se recuperando de uma longa lesão. Em sua estreia, Jesper marcou dois gols diante do Gillingham. O craque não conseguiu dar sequência as suas boas atuações, frequentando o banco de reservas inúmeras vezes. Seu grande momento foi na temporada 2002/2003, quando marcou um importantíssimo gol diante do Liverpool, na vitória por 2x1, garantindo a equipe na UEFA Champions League do ano seguinte. Teve boas aparações na competição europeia, sendo peça chave para que o time chegasse até às semi-finais pela primeira vez. Querendo firmar-se como titular em algum clube, decidiu trocar o Chelsea pelo Birmingham. Com muitas lesões, abandonou o clube após dezesseis partidas, acertando transferência então para o Stuttgart. Ao lado de Tomasson, tinha tudo para fazer uma grande temporada, mas ambos tiveram problemas com o treinador italiano Giovanni Trapattoni e não conseguiram "emplacar", reclamando do sistema defensivo adotado pelo técnico. Em 2006, anunciou que voltaria à Dinamarca, para jogar pelo Copenhagen. Jogando por cinco anos pelo maior campeão dinamarquês, viveu momentos gloriosos, levando o clube à sua primeira UEFA Champions League, vencendo quatro Surperligas Dinamarquesa ,uma Copa da Dinamarca, além de muitos prêmios individuais, como melhor jogador da Superliga por dois anos seguidos.
4 - Kim Vilfort: Ficou conhecido internacionalmente por ter marcado o gol do título da Eurocopa 1992. Atuou 77 vezes e marcou catorze gols, em serviço da Seleção Dinamarquesa. Começou sua jornada no clube Frem, onde destacou-se por quatro anos, marcando 92 gols, o que é uma grande marca para um meia. Mudou-se para a França em 1985, fechando contrato com o Lille. Ficou apenas um ano no clube francês, fazendo uma fraca temporada. No ano seguinte, acertou com o Brondby. Pelo clube, Vilfort fez história, conquistando sete vezes o Campeonato Dinamarquês e três vezes a Copa da Dinamarca, sem falar na grandiosa campanha do Brondby na Copa da UEFA, onde chegou até às semi-finais. No ano de 1991, ganhou o prêmio de melhor jogador dinamarquês. Tornou-se o maior ídolo da história do Brondby, disputando 332 partidas e balançando as redes 67 vezes. Os torcedores do clube batizaram o Brondby Stadium de Vilfort Park.
3 - Jesper Olsen: Um dos grandes dribladores e velocistas do mundo do futebol. "Entortava" zagueiros e finalizava como poucos, com sua perna esquerda. Começou a jogar futebol na base do Næstved, clube de pequena expressão na Dinamarca. Em 1981, acertou com o Ajax. Pelo time holandês, viveu seu melhor momento individual da carreira, levantando a torcida a cada jogo com suas jogadas geniais e de puro futebol arte. Venceu a Eredivisie em duas edições e também a Copa da Holanda. Ficou carinhosamente conhecido como "The untouchable" (O intocável), pois apesar de franzino, dificilmente caía após os carrinhos e as faltas duras adversárias. Após mostrar todo seu potencial na Holanda, acertou transferência para o Manchester United. Demorou a se adptar ao estilo de vida inglês, mas quando conseguiu melhorou seu rendimento em campo. Jogou em uma época ruim do Manchester United, ganhando apenas um título nos cinco anos de serviços prestados ao clube. Após o final de seu contrato na Inglaterra, aventurou-se pelos gramados franceses, jogando pelo Bordeaux e Caen, respectivamente. Com uma grave lesão em 1992, atuando pelo Caen, resolveu "pendurar as chuteiras". Pela Seleção Dinamarquesa, marcou cinco gols em 43 partidas disputadas. Fez uma boa Copa do Mundo em 1986.
2 - Peter Schmeichel: Um dos maiores goleiros de todos os tempos. Foi a principal estrela da Dinamarca na vitóriosa campanha da Eurocopa de 1992, sendo considerado o grande jogador do torneio. Fazia defesas espetaculares, mostrando muita regularidade e influência nas equipes por onde atuou. Jogou em pequenos clubes de divisões inferiores da Dinamarca, só ganhando destaque em 1987, quando chegou ao Borndby. Pela boa equipe dinamarquesa, participou da grande campanha na Copa da UEFA, onde foi derrotada nos acréscimos pela Roma nas semi-finais. Com as boas atuações, acertou sua transferência para o Manchester United. Tornou-se uma "lenda viva" pelo United, fazendo atuações de gala, defesas incríveis e conquistando dezesseis títulos, dentre eles o Mundial Interclubes, Liga dos Campeões e cinco vezes a Premier League. Chegou a ficar 22 jogos sem sofrer gols, além de marcar 10 gols em toda sua carreira. Ao acertar com o Sporting Lisboa, em 1999, venceu logo em sua primeira temporada o campeonato português, que o time não conquistava há dezoito anos. Em 2001, cogitou aposentar-se, porém inesperadamente (pois havia deixado o Manchester justamente porque a Premier League já estava ficando muito "forte" para um jogador com 34 anos, na época) aceitou um convite feito pelo Aston Villa. Apesar da oitava colocação na competição, fez uma boa temporada individualmente. Ao final da temporada, resolveu voltar para a cidade de Manchester, mas desta vez para jogar no Manchester City, recém promovido na Premier League. Jogando pelo United, nunca perdeu para o City, e pelo time azul da cidade iria defender sua invencibilidade no clássico. A vitória do United parecia certa, a diferença entre os clubes era imensa e os Red Devils eram lideres da competição. Com uma grande atuação, o time de Schmeichel se superou e saiu vitorioso. Com lesões e dificuldade em mantêr a forma física, decidiu "pendurar as chuteiras" ao final da temporada. Seu filho, Kasper Schmeichel, também é goleiro e atualmente defende as cores do Leicester City. Pela Seleção Dinamarquesa, Peter atuou 129 vezes e marcou um gol, sendo recordista de jogos pelo seu país em partidas internacionais.
1 - Michael Laudrup: Exímio driblador, veloz, finalizador, dono de uma grande visão de jogo, entre outras qualidades futebolísticas, fazem de Michael Laudrup um dos maiores jogadores de todos os tempos. Costumava deixar seus adversários "caídos no chão", com seu drible curto, "estilo futsal". Rodou na base de bons clubes dinamarqueses, mas ganhou destaque primeiramente pelo Borndby. Em 1983, foi contratado pela Juventus, porém por ter o número de estrangeiros permitido por equipe saturado, foi emprestado para a Lazio. No clube romano, lutou pela "sobrevivência" na série A italiana em duas temporadas, ganhando bom destaque individual. Em 1985, a "Vecchia Signora" reintegrou o craque novamente ao elenco. A expectativa era grande, já que Laudrup havia feito uma Copa do Mundo de 1986 sensacional com a "Dinamáquina", contudo o garoto não suportou o peso de substituir Platini, recém aposentado e ídolo da Juve, e apesar de jogar bem não teve o mesmo sucesso do francês. Acertou transferência em 1989 para o Barcelona, que carecia de títulos e havia perdido duas finais de Champions League. Foi um grande ídolo no clube, conquistando quatro vezes o Campeonato Espanhól, uma Copa da UEFA e uma Liga dos Campeões. Com a chegada de Romário, o craque perdeu espaço na equipe titular. Sabendo da insatisfação de Michael, o Real Madrid contratou-o. Já na primeira temporada, deu show ao lado de Butragueño, vencendo o Campeonato Espanhól. Na temporada seguinte, o clube madrilenho sofreu com uma sequência ruim de derrotas e a demissão do técnico Jorge Valdano, resultando em uma fraca temporada de Laudrup. Com o futebol japonês em alta, o Vissel Kobe contou com o futebol de Laudrup no ano de 1996. Para finalizar a brilhante passagem deste meia habilidoso no futebol, disputou sua última temporada no Ajax, vencendo a Copa da Holanda e a Eredivisie. Pela Seleção Dinamarquesa, Laudrup ganhou destaque no Mundial de 86, quando conduziu a equipe dinamarquesa que encantou o mundo na primeira fase, mas que caiu diante da Espanha nas oitavas. Ao lado de seu irmão, disputou a Copa de 1998, chegando até às quartas de final e sendo eliminado pelo Brasil, em grande tarde de Rivaldo. Curiosamente, o melhor jogador dinamarquês da história não participou do maior título de seu país. O técnico Richard Nielsen decidiu não levar Laudrup à Eurocopa de 1992, após desentendimentos entre as partes. Em 104 aparições pela Dinamarca, Michael marcou 37 gols. Atualmente vem tendo sucesso como técnico, fazendo boas campanhas com o Swansea na Premier League.